segunda-feira, setembro 25, 2006

Vanessa Fernandes: «Ainda não sou uma Rosa Mota ou um Carlos Lopes»




























Uma chegada discreta, presenciada apenas por alguns curiosos e elementos da comunicação social. Um dia depois de ter feito história, vencendo a 12ª prova consecutiva na Taça do Mundo de Triatlo, em Pequim, Vanessa Fernandes aterrou no aeroporto da Portela com a satisfação do dever cumprido e a modéstia patente em cada palavra: «A época está a correr-me bastante bem, e esta evidência na Taça do Mundo é boa para mim, para o triatlo em Portugal e para os meus treinadores», começou por dizer.

Questionada sobre o crescente eco mediático das suas proezas, Vanessa mostrou-se consciente de que a sua ambição exige triunfos mais retumbantes: «Ainda não fiz assim tanta coisa. Os Jogos Olímpicos e os Campeonatos do Mundo é que ficam na história. Ainda não sou nenhuma Rosa Mota, ou Carlos Lopes, tenho de ter os pés bem assentes na terra. O meu objectivo passa por estar em 2008 nos Jogos Olímpicos e fazer melhor do que em 2004, tentando conquistar uma medalha.»

Sobre o seu estatuto de dominadora na Taça do Mundo, Vanessa Fernandes salienta que no seu modo de ver, a regularidade é uma obrigação: «Um campeão tem de ser igual a si próprio, dar o seu melhor e ter orgulho em Portugal. A Taça do Mundo é um bom teste para os Jogos Olímpicos.»

A triatleta do Benfica salientou também que o estatuto internacional do clube que representa é um bom apoio nas provas que cumpre no estrangeiro: «A todo o lado onde vou há emigrantes benfiquistas e isso faz-me sentir muito apoiada, dando-me muita força. Em Lausanne, no Campeonato do Mundo, isso foi evidente. Benfica é Benfica e quero agradecer o apoio dos emigrantes, que me têm ajudado muito e são um espectáculo.»

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